quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Coisas da minha cabeça

Minha mente me sufoca. Estou perdendo o equilíbrio andando nessa corda bamba em que você me colocou. Eu preciso que vejas o quão difícil é o próximo passo, não me posso deter nem voltar atrás, mas seguir é um tanto improvável nesse momento. Não me refiro ao abandono nem a fuga, mas ao caminhar natural da sequência da vida. Tenho medo que este seja o nosso ultimo passo e sinto a ventania empurrar sutilmente meu corpo à frente. Sua voz me incentiva e meus instintos sabem que isso é o certo. Mas esse medo absurdo me afoga. Eu tenho que tomar uma atitude e quero que esteja ao meu lado como eu estaria ao seu. A corda fina esta se curvando e tenho certeza que os meus medos pesam. Você me faz querer seguir em frente, mas os possíveis fantasmas que encontrarei nos caminhos desconhecidos me atordoam e sua presença se faz por um instante incapaz. Coisas da minha cabeça. Tudo começa a girar quando tento botar lógica nas coisas e tento a aprender lidar com isso. Vamos lá, pegue minha mão, por enquanto basta.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Me conhecer

Se eu soubesse quem sou não procuraria ideais nem frases de intelectuais para me descrever. Se eu soubesse quem sou não teria porque exibir isso a todos de uma maneira tão primaria. Auto-definição não combina comigo, isso posso afirmar. Se eu soubesse quem sou estaria vivendo cada minuto da minha vida ao invés de tentar colocar isso por escrito de uma forma tão substancial. Se eu soubesse quem eu sou poderia então dizer o que quero e o que espero. Descobrir quem sou é importante, mas mais ainda é conviver com quem sou e ser feliz assim!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Na tempestade


Sinto a tempestade cair e meus cabelos molhados colarem ao meu rosto e com a minha visão embasada te vejo ir ao longe. Pra longe de mim. Não posso mudar suas escolhas, mas tenho que admitir que eu realmente não sou o melhor pra você. Queria poder ser, apesar de tudo. Minhas lágrimas junto com as gotas grossas da tempestade tocam meus lábios e levam consigo o gosto do ultimo beijo. Não me importo com as doenças que poderei pegar ao ficar horas aqui nem com o que os outros que me olham pela janela nesse instante vão pensar. Quero apenas ficar aqui olhando, agora, o lugar vazio por onde você passou. Não é somente o lugar que está vazio, mas meu peito também. O oxigênio me falta e eu não espero que isso melhore, o que sinto não vai passar. É melhor assim, eu tenho que me convencer. Poderia ser pior e ambos sairíamos machucados. Mandá-lo embora foi como dar uma facada no meu próprio peito mas era uma atitude necessária. Não posso pensar que você vai compreender e voltar pra mim se negando a partir. Minhas palavras o atingiram como laminas afiadas e em seus olhos puder ver o amor ferido, ele estava disposto a lutar por nós, mas não poderia deixar fazer tal sacrifício. Eu o amava demais pra isso. O amor explica o abandono? De qualquer jeito é tarde demais...

Sentidos. Onde estão eles nessa hora?Porque eles não reagem aos meus comandos?Que parte de mim não entende que isso não pode acontecer?A mente ou o coração? Está tudo um mar tempestuoso de confusão e me vejo no centro do redemoinho. Minha lógica está a um fio e sinto que estou me perdendo ao seu toque. Não. Eu não posso simplesmente ceder assim sem nem ao menos lutar. Entregar-me a este ponto é dar visão plena a minha vulnerabilidade, mas estou tão cansada e você me faz tão bem, apesar de ser tão errado. Seu hálito está me entorpecendo e suas palavras sussurradas com paixão me deixam mole. Analisando minha força percebo que estou a um fio da ruína. Minha lógica esta suplicando, mas meu corpo não consegue reproduzir meu apelo nem meu pulmão consegue dar importância a isso. Sim, eu quero. Não, eu não posso. Vejo-me então semi despida e seu olhar me queima como se fosse brasas a beira de um incêndio e com suas mão curiosas perco-me num mar de êxtase. Tola, minha mente grita. Apaixonada, meu coração bate em resposta. Não posso me dar ao luxo de olhar seu corpo totalmente despido, pois seria dar aos meus olhos uma visão do que há de melhor pra mim. Sim, perfeito pra mim. Seus lábios fazem uma trilha perfeita pelo meu corpo e já não posso suportar. Me deixe te amar ele pediu num sussurro e seu hálito novamente bateu contra mim como uma bomba levando o meu corpo as ondas de prazer. Eu não podia lutar contra aquilo era como se estivesse lutando contra mim e nessa batalha não havia jeito de ganhar ou perder, o resultado seria decidido, e eu sabia, por ele. E ele decidiu e tomou as rédeas do meu coração.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Cendendo aos seus caprichos

É um caminho sem volta
E uma pergunta retórica fica presa no ar
Ainda serei capaz de me libertar?
De amar?
Viver.
Sonhar.
Criar.
Esperar.
Pular.
Sorrir.
Deliberar.
Se ceder a você?
Por que com esta pose que me tomas
E faz arrepiar-me
Tenho medo de entregar-me
E não poder voltar atrás.



Mas que se dane, só me mostre o seu melhor!

Contraditória

Se lesse meus pensamentos
Saberia que minhas atitudes não têm cabimento
Sou constante contraditória, pra não dizer notória
Veria tudo aquilo que reservo de ti em mim
Eu só sou reflexo do que quero assumir:
Uma fortaleza diante de ti.

Obsessão

E nos inúmeros versos que fiz
E guardei sobre o luar
Sinto como se me negasse a te amar
Covardia, então ?

Reli sobre o que escrevi
E tudo é relativo a ti
Tenho medo dessa obsessão
Tenho medo dessa paixão.

Como um moribundo

Conheci os restos desse mundo

Andei sobre os lugares mais imundos

Supliquei pelo resto como um moribundo

Fui chamado pelo homem alto de vagabundo

Vi meus filhos morrerem sem o que comer

Enquanto os filhos daqueles se desfaziam do melhor

Chorei ao ver minha mulher sofrer

Não de frio, não de fome mas dessa angustia que nos arrebata

Sorri quando achei aquele papelão

Torcendo para chegar em casa e agradar minha família

Mas a chuva não foi bondosa e imaginei o que faria

Desvaneci ao lembrar do lugar que chamo de lar

Acordo todas as manhãs não sei porque

Apenas me alegro pelas noites ao lado da minha morena

Queria eu lhe dar tudo o que aqueles da mansão usufruem

Mas meu querer não interfere em nada

Não queria muito nem tudo

Queria apenas sorrir sem essa consciência pesada

Sinto os olhares do mundo sobre mim

Mas isso não me traz mais que humilhação

Eles apenas olham, mas me tratam como um cão

Não lhes pedi bondade,não lhes pedi amor

Só a justiça,por favor.