quarta-feira, 11 de abril de 2012

Firmemente andei por aqui e por lá

Passos firmes

Passos decididos

Passos sem memória

Passos de nenhum lugar

Não se sabe até onde chegar, qual lugar

Sou como a água da nascente

Que desconhece o afluente

Mas sabe que um dia passara por lá

Seja lá qualquer lugar

Como um covarde

E como um medroso que sou

Me calei

Não há vergonha maior que a covardia

Mas saber o que fazer, eu não sabia

Noite e dia

Cheguei a pensar em me sacrificar

Mas do que ia adiantar?

A verdade um dia aparece de algum lugar.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Minha flor

Eu estava ali parado e nu de alma.Não sei ao certo a quanto tempo as lágrimas desciam mas era impossível pará-las,era como se fosse expectador da minha própria dor e mesmo que eu tentasse voltar aos meus sentidos não conseguia,não me cabia.

Não estava preparado para as coisas que descobri,ouvi e falei- ou melhor,pensei. Na verdade era questão de tempo pra que toda aquela segurança e confiança se desmoronassem.
Dentro de mim algo me disse -desde o inicio- que não era pra me expor.Tolo.Eu contava meus momentos,meus pensamentos e até meus sentimentos para uma flor.Ela era uma verdadeira flor sem espinhos visíveis aos olhos.Bastou regar com carinho,cuidar e colocar no solzinho que ela se revelou. Levou tudo de mim.

Quando a vida comigo brincou corri ali e chorei minhas dores de um jeito quietinho na segurança de que ali tinha amor.A flor se abriu e me ouviu como se ali comigo ela sofresse minha dor.

Depois de um tempo pensei que tinha me enganado,era tudo um mal entendido, um mal falado e voltei ao cantinho da minha flor. Dessa vez encontrei espinhos, me cortei, chorei sozinho e descobri que ela me julgou.Ela nunca me julgou!

Foi tão triste e me senti tão sozinho.Onde foi parar nosso amor? Deixei a flor e seus espinhos murcharem com o meu amor!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Devaneios

Me cobrando a exercer meu pequeno dom com as palavras juntei papel e lápis.Esperei e esperei,normalmente não espero,flue.Porém,esperei.Sistematicamente adormeci e me juntei ao profundo escuro dos meus sonhos,ou melhor,a ausência de sonhos.De lá não tenho muito a contar só do estado inquieto meio acordado meio sonolento do meu corpo.Não muito,na minha noção precária de tempo,acordei.
Sem recordar a sequência dos fatos tardei a voltar a olhar o caderno afinal o branco é muito vazio e eu estava absorvendo essa energia.Em meus devaneios na minha ociosidade pensei escrever sobre problemas atuais politica,economia,petróleo,eleições e tantos outros temas do''momento'',mas pensando bem seria apenas mais um texto e apenas mais um ponto de vista não visto.
O que fazer? É o típico momento onde há vontade mas falta objetivo.
Bom,resolvi então renegar a escrita por alguns tempos.Guardei o papel impecável e devolvi o lápis ao seu devido lugar,virei de costas e sai com os pensamentos borbulhantes na cabeça.

sábado, 18 de setembro de 2010

Ponto de vista

O assunto era que, não é que queria mudar tudo. Só queria algo para si mesma, algo que a fizesse saber que estava viva.