quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Minha flor

Eu estava ali parado e nu de alma.Não sei ao certo a quanto tempo as lágrimas desciam mas era impossível pará-las,era como se fosse expectador da minha própria dor e mesmo que eu tentasse voltar aos meus sentidos não conseguia,não me cabia.

Não estava preparado para as coisas que descobri,ouvi e falei- ou melhor,pensei. Na verdade era questão de tempo pra que toda aquela segurança e confiança se desmoronassem.
Dentro de mim algo me disse -desde o inicio- que não era pra me expor.Tolo.Eu contava meus momentos,meus pensamentos e até meus sentimentos para uma flor.Ela era uma verdadeira flor sem espinhos visíveis aos olhos.Bastou regar com carinho,cuidar e colocar no solzinho que ela se revelou. Levou tudo de mim.

Quando a vida comigo brincou corri ali e chorei minhas dores de um jeito quietinho na segurança de que ali tinha amor.A flor se abriu e me ouviu como se ali comigo ela sofresse minha dor.

Depois de um tempo pensei que tinha me enganado,era tudo um mal entendido, um mal falado e voltei ao cantinho da minha flor. Dessa vez encontrei espinhos, me cortei, chorei sozinho e descobri que ela me julgou.Ela nunca me julgou!

Foi tão triste e me senti tão sozinho.Onde foi parar nosso amor? Deixei a flor e seus espinhos murcharem com o meu amor!